quarta-feira, 9 de maio de 2012

Preamar - O Mergulho
Uma reportagem de Elisangela Roxo na edição deste domingo da Folha de São Paulo me deu a chave que faltava pra entender Preamar, a nova série brasileira da HBO, que estreou neste domingo na televisão. O texto diz que a série nasceu de um convite da HBO ao diretor Estêvão Ciavatta para apresentar a proposta de um show que tivesse as praias cariocas como cenário. E a minha impressão após a exibição do primeiro episódio de Preamar foi justamente esta: primeiro pensaram nas imagens, só depois pensaram na história.
A série da Pindorama Filmes é a mais visual e mais bonita produção que a HBO já produziu com a grana da Ancine por aqui. Com a praia de Ipanema como cenário – seja da areia, ou do alto de uma cobertura na Vieira Souto, Preamar transborda brasilidade em cada take. Deus criou o Rio pra ser filmado em Full HD. Mas a beleza do cenário precisa estar a serviço de uma história – e é aqui que Preamar falha. E falha profundamente.
A série chega para narrar a história de um tubarão do mercado financeiro que caiu em desgraça. O plot não é ruim – é basicamente o mesmo de uma das minhas séries favoritas do ano que passou, a comédia canadense Living in Your Car. O tema, portanto, é redenção (aos pés do Redentor, nada mais oportuno). O problema de Preamar então não é de plot, mas de realização. Falta timing, diálogos convincentes pra costurar o roteiro e, no primeiro episódio, um pouquinho mais de cada ator.
Preamar - O Mergulho
Ao longo dos flashbacks do primeiro episódio, vemos como João Velasco (Leonardo Franco) era profissionalmente antes de perder tudo. O episódio sequer deixa claro se ele é inocente ou culpado de sua desgraça. E fica a impressão que isto provavelmente não será mostrado – já que é o passado da história, e o texto deixa evidente uma falta de domínio dos roteiristas pras coisas do mercado financeiro. O objetivo é o que vem pra frente – como Velasco sairá da maré baixa para uma nova maré alta, provavelmente construindo uma nova carreira na beira da praia. Mas é isto justamente que falta ao piloto: aquele segundo de intimidade que nos faça sentir um pouco de dó, de pena, de identificação com Velasco. Veja bem, a série quer que sigamos o personagem e sua família ao longo de 13 semanas, por que deveríamos acompanhar a vida deste homem por outras 12? Só por causa das imagens do Rio de Janeiro em alta definição?
Preamar é visualmente bela e, não duvido, possivelmente se torne a mais famosa produção da HBO internacionalmente – mas não deveria, já que tem um piloto bem mais fraco que suas antecessoras, como Alice e Mulher de Fases.

Nacionalmente, não vejo muito buzz que Preamar poderá gerar – aliás, a HBO já foi melhor de marketing, parece ter investido pouco pra promover o show (especialmente entre blogueiros e nas redes sociais). Mas a série até merece discussão. Preamar se dispõe a mostrar um Rio de Janeiro, e por tabela um Brasil, em que nada é preto no branco como as pedras do calçadão. É uma série que não faz julgamento moral, colocando em cena personagens movidos por dinheiro, poder, aparência (e a partir do segundo episódio também deverá abordar o jeitinho, a informalidade, o tráfico). No making of, alguém diz que a personagem da jovem atriz Jessika Alves, a Manu, filha de Velasco, é a única totalmente “do bem” do programa. É isto. E é assim mesmo que são os dramas adultos desde Família Soprano. Mas, como brasileiro, me dá uma certa dor angústia ver este Brasil que a série mostra sendo exibido no Emmy Internacional, na Mipcom, na HBO Latina e ganhando o mundo afora. Confesso que me senti assim também quando vi Rio, do Carlos Saldanha, o que significa que este não é um problema de Preamar.
Até porque ser realista e querer ter personagens multifacetados definitivamente não é o maior problema de Preamar. O maior problema é que faltou a Estêvão Ciavatta e seu time de roteiristas a noção do que é um piloto, e do que é uma série. Uma série de 13 episódios não é um filme grandão cortado em 13 pedaços de 50 minutos. TV é indústria; piloto é protótipo. Mesmo que o slogan seja “It’s Not TV, It’s HBO”. A HBO não está imune da regra de mercado. É preciso conquistar no piloto – até porque o sinal aberto de cortesia da HBO dura apenas uma semana. Depois deste piloto, tão vago, tão sem ritmo, quantos telespectadores seguirão Preamar?
* * *
Preamar estreou no domingo, 6 de maio, às 21h na HBO. Os episódios inéditos da série serão exibidos aos domingo, 21h, na HBO. O piloto está disponível gratuitamente na internet por duas semanas no endereço www.hbomax.tv/preamar/net


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